(RiCarvalho)
Por enquanto, ainda sinto falta de um nós...
Conjugar o verbo na quarta pessoa do plural.
Fazer um plano mirabolante, para ter-lhe no final de semana
(sem temer me arrepender)
Mas, no entanto, tanto aconteceu.
Tropecei...
Por perder a chance de provar que nós poderíamos ser felizes
Que nós merecíamos um ao outro. Mesmo não crendo – era o destino.
E por enquanto, ainda penso em um nós...
Reerguendo-me...
Demonstrando que seríamos melhores juntos
Sabendo que, este ser feliz, depende disso
E que este nós não deveria acabar assim...
(apesar do fim)
E, enquanto um nós ainda fosse possível,
(mesmo que por uma noite apenas)
Poderíamos esperar o final de mãos dadas,
Para que no epitáfio possam ler uma história de amor:
“juntos até a morte”
(de tal amor, ou vida)
Dentre nós e as possibilidades.
...
E eu digo, e ainda caio...
"Se você por acaso cair, não culpe a pedra ou o degrau. Culpe sua visão e atitude falha diante das lombadas no caminho...."RiCarvalho
Páginas
segunda-feira, 31 de maio de 2010
quarta-feira, 26 de maio de 2010
Engano.
(RiCarvalho)
Se te amo é porque estás longe – ou não me queres.
Se te possuísse eu não lhe quereria,
Ou simplesmente, lhe usaria por vezes...
(Talvez)
Correria o perigo de me apegar.
Mas no caso, não te posso e já te quero.
Ou quero porque não posso.
(e enfim me apego)
Insana mente, coloca-me em risco por tola emoção
Por amá-la (em querer-te).
Verbos que jurei conjugar plural a Elas (musas)
- Por Deus! Esqueci-me das outras – por isso me castigas?
Por conjugar tais sentimentalidades no singular?
(perdoe inspiração)
(só lhe tenho uma)
“Então a quero - porque não a tenho”.
(e assim me engano)
...
Se te amo é porque estás longe – ou não me queres.
Se te possuísse eu não lhe quereria,
Ou simplesmente, lhe usaria por vezes...
(Talvez)
Correria o perigo de me apegar.
Mas no caso, não te posso e já te quero.
Ou quero porque não posso.
(e enfim me apego)
Insana mente, coloca-me em risco por tola emoção
Por amá-la (em querer-te).
Verbos que jurei conjugar plural a Elas (musas)
- Por Deus! Esqueci-me das outras – por isso me castigas?
Por conjugar tais sentimentalidades no singular?
(perdoe inspiração)
(só lhe tenho uma)
“Então a quero - porque não a tenho”.
(e assim me engano)
...
terça-feira, 25 de maio de 2010
Perdido em ti.
(RiCarvalho)
Ouça meu coração como bate.
- é por ti.
É assim que ele bate,
Como um batuque de carnaval
Veja meu rosto,
- Não lhe tenho mascaras.
É assim que eu sou a ti.
Como um louco nas ruas - desnudo.
(inconseqüente com o que é dito)
Sinta o perfume que lhe tenho no travesseiro.
- Assim lembro-me de ti.
É como adentrar num jardim,
Meu éden somente em teu cheiro de flores.
(no travesseiro)
Toque-me a pele,
- Sonho com seu tatear.
Que um dia me serás real...
(caso quiseres saber)
(lhe serei real)
Perdoe-me o jeito,
- tropeço ao vento.
Distraído por tal desejo.
(me perco)
(em ti)
...
Sonhos em vão.
(RiCarvalho)
Tocava a sua pele,
Seus seios excitados me davam o tom. Tocava meu corpo com os pequenos bicos em riste, como em uma dança sensual, esfregava-se nos milímetros de meu corpo. Presenteava-me com o calor da própria pele. E seus beijos me eram como o néctar da mais doce fruta – ou a mais proibida. Tateava-lhe as costas, como quem toca a mais pura seda – e por vezes, tentava rasgar-lhe com os dedos (perdido em desejo); no ímpeto de prender-lhe a mim. Puxava seu corpo, tentava toca-lhe o sexo (perdoe o mau jeito). Mas eu era um prisioneiro do desejo, dominado por uma rosa e o seu cheiro.
Aprisionado dentre beijos,
Estava entregue aos seus desejos, e aos seus caprichos; mas não pensava em escapar; não perderia tais momentos por nada. Era escravo daqueles toques; daqueles beijos. E de meu querer-ter-lhe construí minha cela, e lancei mão de meu juízo - ficaria ali eternamente.
Confinados a quatro paredes,
Um fogo foi aceso, e agora as chamas tomaram tudo que era inflamável – até meu coração. Uma deusa nua se fez presente, e o presenteado se fez um crente fiel. No calor de sua pele luminosa ajoelhei-me em seu louvor. Dentre divinas pernas escravizei minha vontade, e minha língua era apenas clamor. Dançava seu brilho pelo quarto e obrigava-me a segui-la (não que fosse preciso). Senti sua benção: de amor a carne, que recebi em troca de versos jubilosos ao seu louvor.
Mas no fim, despertou-me tão logo,
Fez-me um devoto e me abandonaste. Antes do nascer do dia, seu calor já não era sentido; e o seu toque virara apenas lembranças. Abria os olhos, que embaçados, lhe procuravam – deusa minha. Mas não estavas (nem o cheiro nos travesseiros). Enlouquecido então percebo, que o calor de teus braços me eram apenas mais outra ilusão – de sonhos em vão (da mais indiferente das musas).
...
Tocava a sua pele,
Seus seios excitados me davam o tom. Tocava meu corpo com os pequenos bicos em riste, como em uma dança sensual, esfregava-se nos milímetros de meu corpo. Presenteava-me com o calor da própria pele. E seus beijos me eram como o néctar da mais doce fruta – ou a mais proibida. Tateava-lhe as costas, como quem toca a mais pura seda – e por vezes, tentava rasgar-lhe com os dedos (perdido em desejo); no ímpeto de prender-lhe a mim. Puxava seu corpo, tentava toca-lhe o sexo (perdoe o mau jeito). Mas eu era um prisioneiro do desejo, dominado por uma rosa e o seu cheiro.
Aprisionado dentre beijos,
Estava entregue aos seus desejos, e aos seus caprichos; mas não pensava em escapar; não perderia tais momentos por nada. Era escravo daqueles toques; daqueles beijos. E de meu querer-ter-lhe construí minha cela, e lancei mão de meu juízo - ficaria ali eternamente.
Confinados a quatro paredes,
Um fogo foi aceso, e agora as chamas tomaram tudo que era inflamável – até meu coração. Uma deusa nua se fez presente, e o presenteado se fez um crente fiel. No calor de sua pele luminosa ajoelhei-me em seu louvor. Dentre divinas pernas escravizei minha vontade, e minha língua era apenas clamor. Dançava seu brilho pelo quarto e obrigava-me a segui-la (não que fosse preciso). Senti sua benção: de amor a carne, que recebi em troca de versos jubilosos ao seu louvor.
Mas no fim, despertou-me tão logo,
Fez-me um devoto e me abandonaste. Antes do nascer do dia, seu calor já não era sentido; e o seu toque virara apenas lembranças. Abria os olhos, que embaçados, lhe procuravam – deusa minha. Mas não estavas (nem o cheiro nos travesseiros). Enlouquecido então percebo, que o calor de teus braços me eram apenas mais outra ilusão – de sonhos em vão (da mais indiferente das musas).
...
Sereia
(RiCarvalho)
Quiçá,
de tuas curvas eu me lembre em uma trova repentina,
de seu vestidinho sexy;
do calor de tua língua;
ou do acalento de teu corpo – quiçá me lembre.
E como esquecer
das fartas pernas que lhe caminha?
quiçá eu sonhe em tal dia
que a musa outrora tão distante
venha a mim
(em um mar de fantasias)
Que ela,
Encantes-me com um sopro suave no ouvido,
Mordisque-me o lóbulo da orelha; estremeça-me;
Arrepie cada pêlo, cada vértebra da espinha dorsal.
Sereia me conte ao amor como conta as ondas ao mar.
Cante-me à vida
Em um caso desesperado de saudades
Cante-me à solidão
De um caso apaixonado pela vida
Cante-me à paixão
Num encanto que só tua língua sabe.
Encante-me sereia,
só não me naufragues.
...
Quiçá,
de tuas curvas eu me lembre em uma trova repentina,
de seu vestidinho sexy;
do calor de tua língua;
ou do acalento de teu corpo – quiçá me lembre.
E como esquecer
das fartas pernas que lhe caminha?
quiçá eu sonhe em tal dia
que a musa outrora tão distante
venha a mim
(em um mar de fantasias)
Que ela,
Encantes-me com um sopro suave no ouvido,
Mordisque-me o lóbulo da orelha; estremeça-me;
Arrepie cada pêlo, cada vértebra da espinha dorsal.
Sereia me conte ao amor como conta as ondas ao mar.
Cante-me à vida
Em um caso desesperado de saudades
Cante-me à solidão
De um caso apaixonado pela vida
Cante-me à paixão
Num encanto que só tua língua sabe.
Encante-me sereia,
só não me naufragues.
...
segunda-feira, 24 de maio de 2010
Poderia ser...
(RiCarvalho)
Menina,
Meu amor.
Poderias ser tu!
(Ou apenas mais outra)
Imaginei-te nos melindres de meus sentimentos
Sua carne me sendo mais que uma refeição,
Ou apenas a sobremesa...
Mas sinto que poderias ser tu...
(e te perdi)
Errei em querer-te
Morri por querer-te
Mas sei que poderias ser tu...
(pisei na bola)
Deixei a aventura me guiar
Permiti que me levasse.
Imagino-te em meus sonhos tórridos
Eu, devorando tua carne vorazmente,
Enquanto tu devoras a minha.
Mas me és indiferente
Sou-lhe a menor das criaturas
(E poderias ser tu)
Meu amor,
Menina.
Se fores tu...
não haverá mais outras,
(quiçá só uma)
Ah, se fores tu...
...
Menina,
Meu amor.
Poderias ser tu!
(Ou apenas mais outra)
Imaginei-te nos melindres de meus sentimentos
Sua carne me sendo mais que uma refeição,
Ou apenas a sobremesa...
Mas sinto que poderias ser tu...
(e te perdi)
Errei em querer-te
Morri por querer-te
Mas sei que poderias ser tu...
(pisei na bola)
Deixei a aventura me guiar
Permiti que me levasse.
Imagino-te em meus sonhos tórridos
Eu, devorando tua carne vorazmente,
Enquanto tu devoras a minha.
Mas me és indiferente
Sou-lhe a menor das criaturas
(E poderias ser tu)
Meu amor,
Menina.
Se fores tu...
não haverá mais outras,
(quiçá só uma)
Ah, se fores tu...
...
terça-feira, 18 de maio de 2010
De teu corpo
(RiCarvalho)
Acordado,
Sonhei com sua boca em mim
Prendendo-me em seu desejo
Aprisionando-me com teu sexo
No meu sexo, no nosso...
(peles em uníssono)
Hum...
(como é bom ser-lhe)
Senti-la em meus lábios,
Sua seiva doce escorrendo em devaneios
Dentre seios macios e firmes – de plena juventude
Tateio-lhe com dedos decididos, perigosas curvas
(morena)
Devora-me com teu corpo, infinitamente...
Entrego minh’alma a tua carne
(quero ensandecer em teu ventre)
Do fim de tal meio
Desde o meio ao fim...
Teremos-nos – um ao outro
(tantas vezes)
(várias)
(sempre)
De teu corpo ao meu.
Nesta viagem lasciva.
...
quarta-feira, 5 de maio de 2010
O velho senhor do mar.
(RiCarvalho)
Ô velho senhor do mar, que nunca foste navegar,
e mesmo assim tornou-se supremo marítimo
conselheiro dos pescadores, acolhedor dos náufragos
sábio (sem saber)
sóbrio com sua garrafa de cachaça vazia
centrado com uma ponta findada de cigarro no canto da boca
alerta em seu sono profundo
velho senhor do mar nos traga contos alegres dos tristes dias de antigamente
ô velho senhor do mar, abençoe o parto parido do nascimento de mais uma criança morta
alerte-nos sobre a guerra do golfo
profetize sobre o ontem
nos livre da agonia certa da morte
ô velho senhor do mar, que nunca foste navegar...
e que nem mesmo sabes nadar
solitário dentre a multidão, sentado em seu pedestal de velhos caixotes...
penetrando nas profundezas das ondas com o seu olhar vago
vendo um mundo que nunca existiu
ô velho senhor do mar, cego sobre uma ponte...
pronto para se jogar no mar de concreto,
conseguir seus 15 minutos de fama
conseguindo sua eterna paz...
vendo pela primeira vez o mar
vermelho sob seu corpo.
...
Ô velho senhor do mar, que nunca foste navegar,
e mesmo assim tornou-se supremo marítimo
conselheiro dos pescadores, acolhedor dos náufragos
sábio (sem saber)
sóbrio com sua garrafa de cachaça vazia
centrado com uma ponta findada de cigarro no canto da boca
alerta em seu sono profundo
velho senhor do mar nos traga contos alegres dos tristes dias de antigamente
ô velho senhor do mar, abençoe o parto parido do nascimento de mais uma criança morta
alerte-nos sobre a guerra do golfo
profetize sobre o ontem
nos livre da agonia certa da morte
ô velho senhor do mar, que nunca foste navegar...
e que nem mesmo sabes nadar
solitário dentre a multidão, sentado em seu pedestal de velhos caixotes...
penetrando nas profundezas das ondas com o seu olhar vago
vendo um mundo que nunca existiu
ô velho senhor do mar, cego sobre uma ponte...
pronto para se jogar no mar de concreto,
conseguir seus 15 minutos de fama
conseguindo sua eterna paz...
vendo pela primeira vez o mar
vermelho sob seu corpo.
...
Hospitalização
(Ricarvalho)
Quarto escuro
Mente em treva
Treva em frente
(tiro no escuro)
Escuridão soturna
De esperança clara
Luzes de consciência
Pluma - espera plena
De bendita calma
(Remédio dos incautos)
Calma, ô calma, me cure a alma
Um prisioneiro sem amarras
Tenta a fuga...
Hospitaliza a carcaça
Que, a salva dos urubus
Que reviram carniça.
Aguarda a calma
E o final...
(levantando deste leito, tiro-me o pijama e com os pés descalços sinto o gélido piso preencher o passo, que com firmeza – espero – quiçá guiará-me em meu caminho, ao futuro sólido e demarcado de minha existência.)
...
Desvairado
(Ricarvalho)
Algo terrível acontece
“que droga” - é o que nos vêm
(por escolha individual ou especialista)
Droga farmacológica – de compra simples
Droga dos prazeres proibitivos – de fim simples
Droga de chingamentos alheios – de resposta simples!
Muitas vezes nos é tão fácil julgar
Mas: “não julguei para não seres julgado”
Responde o mestre dos mestres.
Mas nunca lhe ouvem...
(preferem ignorar e fazê-lo errado)
Apesar de que, nesta droga de vida,
somos apenas passageiros...
Tão simples quanto o fim;
Tão banal quanto à morte;
Tão enfadonho quanto à vida.
Não me entenda mal, chego a gostar da vida,
Existem certos prazeres em tal martírio
Muitos amados; várias amantes...
Alguns motivos,
Na verdade são tantos e, para leigos, imperceptíveis.
(há sinais até no cair das folhas)
E há tantos pequenos prazeres nesta droga de vida
Que a droga da morte nos apavora mais do que deveria...
(mesmo quando a desafiamos – a tememos)
E nisso...
Há quem se drogue na intenção de medicar-se
Há quem se drogue na intenção de desligar-se
Há quem se drogue na intenção de denegrir-se.
(Por pensar na inexistência de uma solução)
(Que poderia ser tão simples).
Perdi o fio da meada – já não sei o porquê da droga, nem da vida.
Só sei que lhes tomo, em grandes dosagens.
(e quase vegeto, não fosse os tais prazeres “proibidos”)
Como adoraria possuir a ingenuidade dos tolos
E a felicidade dos ignorantes.
Poder desprezar as mazelas que assolam o mundo
E me felicitar com o pouco do muito do mundo
E talvez viciar-me na droga da existência e no êxtase do mínimo.
Mas do mundo eu quero tudo, e do tudo, quase sempre, me decepciono.
(muitas vezes me entrego ao pranto)
O choro é a fuga do poeta,
Que sangra palavras; e extirpa a necrose que vê pelo mundo
E em si.
Enquanto eu tento, eu vivo; e certamente um dia a morte me leve...
Quiçá, em fatídico dia, histórias minhas serão recontadas.
Lembranças desta existência serão cantadas...
E este vício – a poesia, em tal dia seja meu epitáfio
Lido e relido no tanto que sangro em palavras.
..................................
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