E eu digo, e ainda caio...

"Se você por acaso cair, não culpe a pedra ou o degrau. Culpe sua visão e atitude falha diante das lombadas no caminho...."RiCarvalho

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

É preciso sentir o cheiro das rosas.

(RiCarvalho)

Passamos toda uma vida em contato com várias existências; as nossas e as de quem nos aproximamos. Por breves períodos somos atingidos por acontecimentos que podem mudar a realidade que vivemos. São nossas escolhas; os momentos em que ficamos diante de bifurcações decisivas, onde teríamos três caminhos: ficar parados, indecisos entre seguir ou retornar; pegar o caminho da direita ou o da esquerda. Cada uma dessas três escolhas fará da pessoa um ser diferente, que conhecerá pessoas e horizontes dispares a cada nova bifurcação. Pois seria esta, uma vida enfadonha caso tivéssemos apenas uma escolha importante para fazer na vida; com duas ou três, pessoas e lugares, para conhecer. Pois somos seres impares, cada qual seguindo um caminho escolhido por nós mesmos, em que, vez ou outra, nos chocam entre as encruzilhadas da vida.

Por isto, devemos está preparados e vigilantes a cada escolha que tomamos, Já que a cada vez que ficamos inertes diante do desconhecido, ali, naquele momento, perdemos uma oportunidade que podemos nunca mais encontrar. Não perca as oportunidades de viver, de errar – sujeitamo-nos ao erro por sermos humanos -, mas com o erro e, apesar do erro, devemos aprender a não martirizarmo-nos perdendo tempo. O Tempo é precioso, e devemos usá-lo para apreciar os bons momentos. Olhar a meninice de uma criança para lembrarmos que já nos deleitamos com a tenra idade, e como era lindo. Olhar cada coisa do mundo como uma novidade a ser explorada; todo um horizonte de novidades esperando a atenção de nossas íris, já tão distraídas pelo caos do cotidiano.

Qual a última vez que parastes defronte uma rosa para sentir seu aroma? A risada agradável de uma criança? Quando parastes para ouvir seu coração e segui-lo?

É preciso sentir o cheiro das rosas para lembrarmos que, nem tudo são flores, mas que elas estão lá - sim, em algum jardim... esperando-nos para encher nossos pulmões com o ardor da esperança. Basta, apenas, segui o caminho que lhe pareça mais perfumado. Mas se acaso perde-se no meio do caminho, não desista da busca. Os ventos do destino tendem a tornar nossas jornadas mais desafiadoras, muitas vezes desviando-nos do caminho mais acertado. Encare, simplesmente, como uma pedra a se superar no caminho de sua existência. E continue vivendo da melhor maneira possível. Não esquecendo do cheiro das rosas.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Ai de ti!


(RiCarvalho)

É inegável a dor de sentir-se só, apenas na companhia do amar - que ficou.
Saber que o fruto de sua dor se foi, que seu universo findou, e tudo continuou.
(mesmo tendo a certeza que o mundo acabaria – o sol voltou)

Vê uma multidão juntar-se ao seu redor, algumas consoladoras, outras curiosas
Ao que parece a infelicidade atrai mais atenção do que o amor...
Neste mundo, que parece sem sentido, sem jeito ou maneiras
Com seus espectadores atentos. Semi-Comovidos com seus flashes.

Ai de ti que vive só com suas mazelas, em um mundo curioso;
Que lhes assistem atentos; capítulo por capítulo de sua desgraça.
Sob holofotes resilientes, que miram as infelicidades mais tristes
Com caridades intermitentes, entre os intervalos de maldades naturais
(Enquanto esperam os comerciais)

Ai de ti que sofre por tudo e todos – principalmente pelas perdas.
Ai de ti que já nasce marcado, como gado pronto para o abate.
Ai de ti que é carne, que é osso – com suas feridas à mostra.
Ai de ti que amou e ainda ama – e chora.

Porque é inegável a dor da solidão
É inegável a dor de ser noticiado pelo sofrimento que deveras sente.
(Ai de ti que sangra)

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Poemetos



acredito
logo
existo?


Vida

Nascendo
(escolhendo)
morrendo
...é assim


Computador

ligo
Teclo
envio
recebo
desligo


Nexo

Penso...
e logo
entro
em desespero.

Utopia.

(Ricarvalho)

quisera (eu) poder fazer...

fazer viver:
sentimentos; amores...
fazer morrer:
miséria, solidão e dor...
fazer acontecer:
De um tudo
que tanto o mundo necessita.

(sonhos)

O que fazer então?
Quiçá o que estiver ao meu alcance
- E nada além?
Sim, tudo posso naquele que me fortalece
(dizem, e tento crê)

faremos o seguinte então:
viveremos como que fossemos irmãos,
amaremos como se o mundo acabasse amanhã,
passaremos uns pelos outros e diremos:
BOM DIA, BOA TARDE e BOA NOITE,
abrigaremos desabrigados,
apartaremos intrigas,
uniremos pele,
e faremos amor.

Um dia irei viver,
minha utopia.
...

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Tatear-lhe-hei!

(RicardoCarvalho)

Sonhei ser o vento, este deus de toque suave...
soprado pela boca Dela...
entre seu leve movimento de lábios e dilatar de língua
sonhei ser respirado e inspirado por Ela
E por Ela tomei-me num vendaval;
num redemoinho de paixão.

- Só Dela! Por Ela...

Para Ela – ingrata!
(Que partes meu coração)
(Que desconheces de meu amor)

E se vai... como o ar de meus pulmões.
Livre em seu ventar.
Restando, para mim, apenas a distancia,
E o querer tocar;
E os sonhos a se sonhar.
E o Tatear de meu olhar.
...

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Escolhidos

(RiCArvalho)

É raro acertar,
só o tempo dirá:
se ele é isto;
se foi tudo aquilo;
se é mesmo um amigo,
ou outro no mundo
que irá se apagar.

(e como se dá?)

Irmãos escolhidos,
de farra ou de casa.
Com um ombro, um abraço
querendo lhe dá.

É difícil acertar,
só a vida dirá,
se só: um conhecido;
se será um amigo,
taciturno ou gaiato;
mas que sempre está lá.

Quiçá vou encontrar:
com os ouvidos atentos;
as lembranças felizes,
e outras nem tanto;
mas que saberá quando
com o dialogo do olhar.
...

Soneto à Boemia.

(Ricarvalho)

Ô boemia, que enaltece meus cultos ao chope noturno
enche-nos de rimas, musicas, biritas e fumos
sejemos puro etílico mítico, e mudemos os rumos do mundo
seguistes os rastros, às vezes, destes revolucionários ocultos

De boteco a botequim; comes e bebes, risos ou choros
política e religião, amores ou amantes; nada lhe és distante
sacros, quase puros, brincantes da vida, em boemia constante
Impuros que os vêem no escuro, e vivem de julgos

vislumbram um grupo em mesa, sussurros:
- vagabundos, intelectuais e poetas: Boêmios.
Não os julgues, seres-lhes o futuro, eu juro!

são como combustível potente de motores solenes; mentes
elevam as vidas de quem nelas não vive; só assiste
escrevem o ato da história e das artes, imortais só neles
...

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Monotonia

(RiCarvalho)

Tempos de continuo cotidiano me torturam a paciência
Como podes querer me aprisionar – tens ciência?
Sabes o porquê de minha agonia?
Sabes como é viver sem fantasia?

Imagino-me, pequeno mamífero de poucas defesas.
Ver-me com essa grande tristeza te alegras?
- Monotonia insana, perpetuo fazer nada
(mesmo quando fazendo alguma coisa)

Sinto esse vazio imenso que chamo de tédio
Tento concentrar minhas emoções – e ódio
Tento divertir-me com frivolidades em rede

Penso ser um ignóbil errante – mundo afora.
Imagino se um dia - apesar dos poucos minutos
- essa minha antipatia por ti, monotonia, morra.

Desculpem qualquer erro, acabo de digitar aqui no blog este poema...
depois edito se for preciso, e se alguém vê algo a ser melhorado dê sua opinião.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Entre mulheres e Flores

(RiCarvalho)

Penso que mulheres deveriam ter nomes de flores, por semelhança.
Margaridas, Dálias, Hortênsias e Rosas...
- tão cheirosas e macias, como pétalas e folhas de seda;
são belas - todas elas - isto é inegável.
E, enraízam-se entre nossos corações.
(se assim deixarmos)

Então a poesia, como um vento. Não esse vento singular, casual;
mas um vento plural; que leva e trás aromas – como paixões...
Fazendo com que tantas belas flores bailem
neste jardim encantado; de sonhos.
E em devaneios, nos encantem ainda mais.
...