E eu digo, e ainda caio...

"Se você por acaso cair, não culpe a pedra ou o degrau. Culpe sua visão e atitude falha diante das lombadas no caminho...."RiCarvalho

segunda-feira, 21 de março de 2011

Sem Destino

RiCarvalho – 21/03/11

Nas ressacas das marés
Navegam meus pensamentos
Por um algo além do horizonte
Algo mais que os cansáveis rodeios
E direções que o mundo escolhe.

Sigo uma rota difusa passo a passo,
Pois sinto um mundo muito óbvio
Quando ponho meus pés ao chão.
Por isto ergo as velas de meu navio
E navego insanamente dentre nuvens.

Não fui feito para o comum e cotidiano
Para convenções e cordões sociais
Fui escolhido para caminhar entre as estrelas
Navegando sem destino e contra a corrente.

Fui eleito para sorrir e chorar...
(Sem motivo aparente)

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sexta-feira, 18 de março de 2011

Entre Quatro Paredes

RiCarvalho – 18/03/11

Enquanto ela descia pela minha pele como uma gota de orvalho, em seu deslize, centímetro por centímetro, me dizia: Sentes o meu amor? Sentes o meu desejo?

Eu a sentia, mais do que tudo, eu a sentia...
Mas não havia palavras em minha boca para expressar tal ardor. E, por tanto, a atirei de meu peito, aprisionei-a a cama, e afoguei-me em seus seios, numa volúpia tal qual um bebê faminto pelo leite daquele corpo. Ah, eu a amava em um todo que apenas a poesia é capaz de se fazer saber. E dizia:

Tez de anjo acaricie-me com o arrepio de teus seios
Desejada, amada, linda, linda...
Voluptuosa em teus desejos – e meu corpo.
Em teu corpo lhe tenho meu maior pecado
(a luxúria)
E nele, morro em riso.

Adentrando as quatro paredes de nosso ninho de amor como um maremoto. Sufocando meus pensamentos e meu passado; o que existia... Qualquer coisa existente na sua ausência desaparecia em sua presença. Nada mais importava.

- És querida, és uma visagem refletida dentre os espelhos e íris, dum universo que era tido presente, mas que agora és apenas eu e tu...

Uma sereia,
Uma serpente envolvente, quente, inquietantemente encantadora
Que envenena minha razão com seu toque aveludado,
No seu gozo
No meu gozo
Neste sexo, neste amor...
Em nossa paixão que estilhaça as vidraças de um querer qualquer.

Então, tal sereia ameniza seus encantos numa aproximação sedutora, esfregando os milímetros de seu corpo nos do meu. Subindo até o lóbulo de minha orelha com a boca em uma mordiscada deliciosa, para avisar em suave tom:

- Tomarei um banho, tu vens...?
E sem palavras eu vou,
Para um novo encantamento.
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quarta-feira, 16 de março de 2011

Oração do Inicio ao Fim.

RiCarvalho - 16/03/11

Nascemos na terra que enterra
dentre pensamentos...
de amor, dor e vida.

neste entre-meio uma esperança
de que no viver existe a surpresa
duma história que há e virá
(até o dia final)

E ao pó vamos seguindo...
guiados pelo destino,
desenhado desde o inicio:
"do pó vens e a ele retornará"
- Amém!
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sábado, 12 de março de 2011

À Poesia


RiCarvalho - 12/03/11

Ah, eternamente teu - me entrego...
entrego meu coração, te entrego minha vida.
imensuravelmente te ergues sobre o caos
(das mazelas que o mundo ou o homem criam)

Ah, eterna poesia...
tu és o ar dos grandiosos
inexoravelmente em sua sina
poderosa para toda a vida

Oh, infinita e intransponível
Oh, única que assistiu o nascer e morrer
(mas seu morrer é apenas um transformar)

Oh, tu que queimas as línguas trovadoras
em um mar de sentimentos paradoxos
Oh, tu que enche os pulmões de poetas
(com poderosos e verdadeiros sentimentos)

Ah, poesia... tu és o ar.
Tu és o sol e o luar,
tu és divina,
minha sina...

terça-feira, 8 de março de 2011

Entre mulheres e Flores

Um poema mais antigo, mas que canto com carinho neste 8 de março. Parabéns às mulheres, mães, amantes, irmãs, primas e etc. A vida nada seria sem elas.

RiCarvalho


Penso que mulheres deveriam ter nomes de flores, por semelhança.
Margaridas, Dálias, Hortênsias e Rosas...
- tão cheirosas e macias, como pétalas e folhas de seda;
são belas - todas elas - isto é inegável.
E, enraízam-se entre nossos corações.
(se assim deixarmos)

Então a poesia, como um vento. Não esse vento singular, casual;
mas um vento plural; que leva e trás aromas – como paixões...
Fazendo com que tantas belas flores bailem
neste jardim encantado; de sonhos.
E em devaneios, nos encantem ainda mais.
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