(RiCarvalho)
Foi nascido vagabundo,
Tinha orgulho – era de berço.
E aprendera logo cedo,
- Pega latas! Olha bueiros!
- Nesta vida, tudo tem preço!
Seus brinquedos q’eram lixo
(pra esta sociedade que se lixa)
Coisa estranha – ele pensava.
Do porque, não entendia...
Desde o dia que a Firmina,
(Moradora lá vizinha)
N’este mundo deu tempero,
Para o pobre menininho.
Falou de um livro e de tal príncipe;
Que enamorava uma florzinha.
Adorando aquela historia,
Tanto, tanto que a Firmina,
(obrigada pelos “tantos”)
Ensinou-lhe umas letrinhas,
Misturadas e com rimas.
Dando-lhes o nome: “poesia.”
Então o pobre rapazinho,
que crescera pelas ruas.
Lendo livros abandonados
Se encantando a cada dia,
Aprendera a própria rima...
E seu encanto foi de tanto
Que poeta se tornara;
(um poeta das calçadas)
“Com orgulho!” - Ele dizia.
Era tido como um louco,
Pois se dizia muito rico.
Os poetas sonham alto,
E seus sonhos vêm sem preço.
E mais rico que um sonho
- ainda hei de conhecê-lo!
"Os poetas sonham alto,
ResponderExcluirE seus sonhos vêm sem preço.
E mais rico que um sonho
- ainda hei de conhecê-lo!"
Apaixonante e verdadaeiro.
É bom sonhar,ao menos se tudo falha os sonhos nos salvam a alma.
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