(RiCarvalho)
Em um poema do Sol,
ao dia que nasce;
que cresce e se põe,
sem alarde...
Ao seu amor do anoitecer.
Dos muitos que lhe passam sem vê
(no gira-sol que seu amar presenteia)
A esses tristonhos passantes
De olhares cabisbaixos,
Que ignoram o alaranjado estelar.
E não percebem a sorte do poder se amar.
Pois no escurecer; nas sombras do mundo,
Temem ao outro; ao tempo; à vida.
(mas estes não importam)
Pois no crepúsculo de tal amor proibido,
- Nada importa.
(só os amantes)
E na garoa fina do choro da Lua
Que se despede de seu amante diurno;
Do brilho e ardor de seu amar;
(em crepúsculo)
Refletindo-se em um brilho cadente.
E nestes poucos segundos
(eles se afagam; se despedem)
Ao som das serestas de ébrios boêmios
Que se encantam enluarados.
(até o próximo anoitecer)
...
E eu digo, e ainda caio...
"Se você por acaso cair, não culpe a pedra ou o degrau. Culpe sua visão e atitude falha diante das lombadas no caminho...."RiCarvalho
Páginas
terça-feira, 27 de julho de 2010
domingo, 25 de julho de 2010
Poeta Urbano
(RiCarvalho)
Foi nascido vagabundo,
Tinha orgulho – era de berço.
E aprendera logo cedo,
- Pega latas! Olha bueiros!
- Nesta vida, tudo tem preço!
Seus brinquedos q’eram lixo
(pra esta sociedade que se lixa)
Coisa estranha – ele pensava.
Do porque, não entendia...
Desde o dia que a Firmina,
(Moradora lá vizinha)
N’este mundo deu tempero,
Para o pobre menininho.
Falou de um livro e de tal príncipe;
Que enamorava uma florzinha.
Adorando aquela historia,
Tanto, tanto que a Firmina,
(obrigada pelos “tantos”)
Ensinou-lhe umas letrinhas,
Misturadas e com rimas.
Dando-lhes o nome: “poesia.”
Então o pobre rapazinho,
que crescera pelas ruas.
Lendo livros abandonados
Se encantando a cada dia,
Aprendera a própria rima...
E seu encanto foi de tanto
Que poeta se tornara;
(um poeta das calçadas)
“Com orgulho!” - Ele dizia.
Era tido como um louco,
Pois se dizia muito rico.
Os poetas sonham alto,
E seus sonhos vêm sem preço.
E mais rico que um sonho
- ainda hei de conhecê-lo!
Foi nascido vagabundo,
Tinha orgulho – era de berço.
E aprendera logo cedo,
- Pega latas! Olha bueiros!
- Nesta vida, tudo tem preço!
Seus brinquedos q’eram lixo
(pra esta sociedade que se lixa)
Coisa estranha – ele pensava.
Do porque, não entendia...
Desde o dia que a Firmina,
(Moradora lá vizinha)
N’este mundo deu tempero,
Para o pobre menininho.
Falou de um livro e de tal príncipe;
Que enamorava uma florzinha.
Adorando aquela historia,
Tanto, tanto que a Firmina,
(obrigada pelos “tantos”)
Ensinou-lhe umas letrinhas,
Misturadas e com rimas.
Dando-lhes o nome: “poesia.”
Então o pobre rapazinho,
que crescera pelas ruas.
Lendo livros abandonados
Se encantando a cada dia,
Aprendera a própria rima...
E seu encanto foi de tanto
Que poeta se tornara;
(um poeta das calçadas)
“Com orgulho!” - Ele dizia.
Era tido como um louco,
Pois se dizia muito rico.
Os poetas sonham alto,
E seus sonhos vêm sem preço.
E mais rico que um sonho
- ainda hei de conhecê-lo!
terça-feira, 20 de julho de 2010
Escolhidos
(RiCarvalho)
É raro acertar,
só o tempo dirá:
se ele é isto;
se foi tudo aquilo;
se é mesmo um amigo,
ou outro no mundo
que irá se apagar.
Irmãos escolhidos,
de farra ou de casa.
Com um ombro, um abraço
querendo lhe dá.
É difícil acertar,
só a vida dirá,
se só: um conhecido;
se será um amigo,
taciturno ou gaiato;
mas que sempre está lá.
Quiçá vou encontrar:
com os ouvidos atentos;
as lembranças felizes,
e outras nem tanto;
mas que saberá quando
com o dialogo do olhar.
...
quarta-feira, 14 de julho de 2010
Quero tudo, e mais...
(RiCarvalho)
Deixe-me roubar teus lábios por alguns segundos,
e teu corpo por algumas poucas horas...
Que arrebatar-lhe-hei sua alma para sempre.
Tornar-te-hei serva de meus desejos e lhe servirei os teus.
E nesta lasciva troca de favores
- senhor se tornará servo entre as ilusões -
(desta cruel servidão que o amor nos impõe)
E como um selvagem voraz,
Estes olhos abrem-se apenas para devorar-te,
Enquanto meu corpo toma-te tudo – como fogo
(sobrando-lhe os sonhos de uma paixão fugaz)
E rendendo-nos ao cansaço das horas...
E, quando eu olhar-te debruçada sobre meu peito
(exausta; suada; idem; idem)
Afagarei teus cabelos e direi:
- Te quero ainda mais...
...
Deixe-me roubar teus lábios por alguns segundos,
e teu corpo por algumas poucas horas...
Que arrebatar-lhe-hei sua alma para sempre.
Tornar-te-hei serva de meus desejos e lhe servirei os teus.
E nesta lasciva troca de favores
- senhor se tornará servo entre as ilusões -
(desta cruel servidão que o amor nos impõe)
E como um selvagem voraz,
Estes olhos abrem-se apenas para devorar-te,
Enquanto meu corpo toma-te tudo – como fogo
(sobrando-lhe os sonhos de uma paixão fugaz)
E rendendo-nos ao cansaço das horas...
E, quando eu olhar-te debruçada sobre meu peito
(exausta; suada; idem; idem)
Afagarei teus cabelos e direi:
- Te quero ainda mais...
...
segunda-feira, 12 de julho de 2010
Algo a dizer-lhe
(RiCarvalho)
Eu gosto do sabor de tua boca, caso queira saber
Sinto falta de seu cheiro – que por vezes me lembro
Teu beijo me esquenta, não me prives dele tão cedo
Teu corpo incendeia o meu, que queima de prazer
Perco a razão por apenas pensar em você
Encho-me de esperanças em ver-lhe sorrir-me
Eu me perco no olhar de sua meiguice
E me encho do falatório de sua chatice
E por vezes me vejo querendo matá-la
E há tempos vivo por querer beijá-la
(Caso tudo isso souberes – não se vá)
E caso fores, pergunto de teus sentimentos.
Quanto nada há em teu coração?
Pois quero morrer no vazio de teu peito.
...
Eu gosto do sabor de tua boca, caso queira saber
Sinto falta de seu cheiro – que por vezes me lembro
Teu beijo me esquenta, não me prives dele tão cedo
Teu corpo incendeia o meu, que queima de prazer
Perco a razão por apenas pensar em você
Encho-me de esperanças em ver-lhe sorrir-me
Eu me perco no olhar de sua meiguice
E me encho do falatório de sua chatice
E por vezes me vejo querendo matá-la
E há tempos vivo por querer beijá-la
(Caso tudo isso souberes – não se vá)
E caso fores, pergunto de teus sentimentos.
Quanto nada há em teu coração?
Pois quero morrer no vazio de teu peito.
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quinta-feira, 8 de julho de 2010
Coisas de Amor
(RiCarvalho)
Quando, deste amor eu lhe falar,
O qual eu sinto tanto, tanto...
que dá medo
- O amor machuca como espinhos de rosas -
então me fecho.
Sinto já não saber o que pensar, de tudo ou do pouco.
Sinto que quando sinto, tanto sinto que mal eu sinto...
(às vezes embrulha-me o estomago)
Quero que ao falar de tal ardor,
Lembremos dos bons momentos
(só neles que nos vejo)
Esqueça as magoas,
A despeito do repensar.
E sem pesar, eu lhe prometo:
Amar a dor que tanto sinto em te amar.
...
Quando, deste amor eu lhe falar,
O qual eu sinto tanto, tanto...
que dá medo
- O amor machuca como espinhos de rosas -
então me fecho.
Sinto já não saber o que pensar, de tudo ou do pouco.
Sinto que quando sinto, tanto sinto que mal eu sinto...
(às vezes embrulha-me o estomago)
Quero que ao falar de tal ardor,
Lembremos dos bons momentos
(só neles que nos vejo)
Esqueça as magoas,
A despeito do repensar.
E sem pesar, eu lhe prometo:
Amar a dor que tanto sinto em te amar.
...
terça-feira, 6 de julho de 2010
Língua solta
(RiCarvalho)
Caso lhe suja uma métrica, displicente poeta
Faça como eu e fuja dela.
Somos escravos de uma vida de regras,
(tento ao menos uma fuga delas)
Parecem perseguirem-nos em vírgulas
Querem nos dá um ponto – será o final?
Espero que não, mas não se sabe.
(o que se sabe é que se sabe mal)
Mas se alguém jogar-lhe na cara que,
É apenas um tolo sem disciplina
Que mal sabes juntar uma métrica com rima
Que o seu único jeito é um ponto final...
(por não saber contar sílabas)
Não lhes dêem ouvidos – eles, de certo, se enganam.
Um mundo sem regras, é a bagunça sacra
Da poesia que se liberta
em inspiração - na certa.
(De grandes poetas)
...
segunda-feira, 5 de julho de 2010
Meu perverso Anjo
(RiCarvalho)
Eis que me foi dado um anjo me diziam.
Que com seu olhar sedutor e sua voz encantadora tornaram-me servo num rompante.
Entreguei-lhe de imediato a própria sanidade – e afogou-me em saudades...
Posso não ter muita certeza do que aconteceu desde então:
Lembro-me dos beijos;
Lembro de alguns amassos;
Lembro de vários acasos;
Muitos descasos,
E de um grande fracasso.
Eis que o anjo que me foi dado, não era dado à bondade.
Com aquele olhar carnívoro e frases que eram armadilhas - escravizou-me.
Deixou-me às mazelas de desastres mundanos – tristezas da alma.
Lembro bem de cada cicatriz que se formou desde então:
Sei que meu chão tremeu; que perdi o eixo e desmoronei;
Sei que uma enchente de destruição passou por minha vida levando-me tudo;
Imagino a trágica morte de meu amor como o fim trágico das jovens que ainda sonham.
De tantas que foram as desgraças...
(Apenas um mundo sem graça)
Querubim perverso se disseste meu, mas não pertence a ninguém
(ninguém o tem; não há quem mereça)
Perversor de meu sentir, arrancastes de meu peito o coração
Prendeu-me na ilusão de teu corpo e de suas negras asas
Eu que era dado a tolices me fiz um alvo.
(me fiz culpado)
Escolhas me prenderam em teu laço, e escolhas, de lá me salvarão
(Escolho não mais sofrer meu anjo mal)
Tuas curvas não mais me hipnotizarão
Teu olhar me será vazio
E teus seios apetitosos me serão como fruta podre
E o sorriso teu me serás o espelho de tamanha dor.
(serei livre de ti)
E uma vez livre, perverso anjo,
Tu tentarás converter-me novamente, e lhe direi:
Não mais...
...
Eis que me foi dado um anjo me diziam.
Que com seu olhar sedutor e sua voz encantadora tornaram-me servo num rompante.
Entreguei-lhe de imediato a própria sanidade – e afogou-me em saudades...
Posso não ter muita certeza do que aconteceu desde então:
Lembro-me dos beijos;
Lembro de alguns amassos;
Lembro de vários acasos;
Muitos descasos,
E de um grande fracasso.
Eis que o anjo que me foi dado, não era dado à bondade.
Com aquele olhar carnívoro e frases que eram armadilhas - escravizou-me.
Deixou-me às mazelas de desastres mundanos – tristezas da alma.
Lembro bem de cada cicatriz que se formou desde então:
Sei que meu chão tremeu; que perdi o eixo e desmoronei;
Sei que uma enchente de destruição passou por minha vida levando-me tudo;
Imagino a trágica morte de meu amor como o fim trágico das jovens que ainda sonham.
De tantas que foram as desgraças...
(Apenas um mundo sem graça)
Querubim perverso se disseste meu, mas não pertence a ninguém
(ninguém o tem; não há quem mereça)
Perversor de meu sentir, arrancastes de meu peito o coração
Prendeu-me na ilusão de teu corpo e de suas negras asas
Eu que era dado a tolices me fiz um alvo.
(me fiz culpado)
Escolhas me prenderam em teu laço, e escolhas, de lá me salvarão
(Escolho não mais sofrer meu anjo mal)
Tuas curvas não mais me hipnotizarão
Teu olhar me será vazio
E teus seios apetitosos me serão como fruta podre
E o sorriso teu me serás o espelho de tamanha dor.
(serei livre de ti)
E uma vez livre, perverso anjo,
Tu tentarás converter-me novamente, e lhe direi:
Não mais...
...
quinta-feira, 1 de julho de 2010
Fugitivo
(RiCarvalho)
Sinto uma dor que me vem do âmago
Sinto que talvez morra – tolo.
Toscamente vejo uma lágrima descer ao rosto
(e assim, tosco, a escondo)
Não deveria ser tão emotivo
Sentimentalidades não me afetam
(milhares de barreiras me velam)
Passei boa parte da vida escondendo-me
Desde a tenra infância protejo-me.
Meu subconsciente é um forte onde guardo as dores
(dores que não consigo lidar – os amores)
Amo tanto, mais tanto, que me vejo um fugitivo
Fujo das possibilidades de um apego
E tropeço na possibilidade de vê-lo nascer
...
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