(Ricarvalho)
Amo-te como um maníaco,
Quero devorar-te inteira. Sobre-mesa.
Viajando em suas curvas, como um vulcão, me queimo.
(devo partir)
Estas sentimentalidades não fazem parte
Do trato que fizemos – odeio-te!
Com sangue escorrendo pelos olhos – choro.
(não devo ficar)
Às vezes exagero, mas digo a verdade:
- Sou só teu!
Somente teu...
(E antes que eu mude de idéia)
- Beije-me!
Entrego-me em teus lábios,
Pois amanhã não se sabe,
Se ainda seremos felizes.
Meu pranto derramará por ti
Que tomará meu tempo por lágrimas
Dará-me o melhor e o pior do amor:
Sorrisos correspondidos;
E o fim certo, de todos os grandes amores
Que ficam para a eternidade,
Num mar de choro.
...
E eu digo, e ainda caio...
"Se você por acaso cair, não culpe a pedra ou o degrau. Culpe sua visão e atitude falha diante das lombadas no caminho...."RiCarvalho
Páginas
quinta-feira, 25 de março de 2010
terça-feira, 16 de março de 2010
Um poema de Lya Luft, para variar...
Canção das mulheres
Que o outro saiba quando estou com medo, e me tome nos braços sem fazer perguntas demais.
Que o outro note quando preciso de silêncio e não vá embora batendo a porta, mas entenda que não o amarei menos porque estou quieta.
Que o outro aceite que me preocupo com ele e não se irrite com minha solicitude, e se ela for excessiva saiba me dizer isso com delicadeza ou bom humor.
Que o outro perceba minha fragilidade e não ria de mim, nem se aproveite disso.
Que se eu faço uma bobagem o outro goste um pouco mais de mim, porque também preciso poder fazer tolices tantas vezes.
Que se estou apenas cansada o outro não pense logo que estou nervosa, ou doente, ou agressiva, nem diga que reclamo demais.
Que o outro sinta quanto me dóia idéia da perda, e ouse ficar comigo um pouco - em lugar de voltar logo à sua vida.
Que se estou numa fase ruim o outro seja meu cúmplice, mas sem fazer alarde nem dizendo ''Olha que estou tendo muita paciência com você!''
Que quando sem querer eu digo uma coisa bem inadequada diante de mais pessoas, o outro não me exponha nem me ridicularize.
Que se eventualmente perco a paciência, perco a graça e perco a compostura, o outro ainda assim me ache linda e me admire.
Que o outro não me considere sempre disponível, sempre necessariamente compreensiva, mas me aceite quando não estou podendo ser nada disso.
Que, finalmente, o outro entenda que mesmo se às vezes me esforço, não sou, nem devo ser, a mulher-maravilha, mas apenas uma pessoa: vulnerável e forte, incapaz e gloriosa, assustada e audaciosa - uma mulher.
Que o outro saiba quando estou com medo, e me tome nos braços sem fazer perguntas demais.
Que o outro note quando preciso de silêncio e não vá embora batendo a porta, mas entenda que não o amarei menos porque estou quieta.
Que o outro aceite que me preocupo com ele e não se irrite com minha solicitude, e se ela for excessiva saiba me dizer isso com delicadeza ou bom humor.
Que o outro perceba minha fragilidade e não ria de mim, nem se aproveite disso.
Que se eu faço uma bobagem o outro goste um pouco mais de mim, porque também preciso poder fazer tolices tantas vezes.
Que se estou apenas cansada o outro não pense logo que estou nervosa, ou doente, ou agressiva, nem diga que reclamo demais.
Que o outro sinta quanto me dóia idéia da perda, e ouse ficar comigo um pouco - em lugar de voltar logo à sua vida.
Que se estou numa fase ruim o outro seja meu cúmplice, mas sem fazer alarde nem dizendo ''Olha que estou tendo muita paciência com você!''
Que quando sem querer eu digo uma coisa bem inadequada diante de mais pessoas, o outro não me exponha nem me ridicularize.
Que se eventualmente perco a paciência, perco a graça e perco a compostura, o outro ainda assim me ache linda e me admire.
Que o outro não me considere sempre disponível, sempre necessariamente compreensiva, mas me aceite quando não estou podendo ser nada disso.
Que, finalmente, o outro entenda que mesmo se às vezes me esforço, não sou, nem devo ser, a mulher-maravilha, mas apenas uma pessoa: vulnerável e forte, incapaz e gloriosa, assustada e audaciosa - uma mulher.
terça-feira, 9 de março de 2010
Sublimado
(RiCarvalho)
Na sublime exatidão deste existir
coexistir, ou simplesmente saber-se aqui.
de que não é simples o viver nem o sentir
sendo o momento sublimado do ser
(Algo além do: “eu em mim mesmo”)
(algo tal o: Amor)
- Justificaria o fato de existir...
E nesta sublime loucura de insistir.
Sublimado e transtornado como um tolo
- Um tolo ao completar-se. Temeroso.
Ciente quanto ao tanto
do que mal sabe...
(De dor ou amor)
Pois, parte, sabe!
E, sublimado, disse:
- Amo!
...
terça-feira, 2 de março de 2010
Ressaca de uma vida que se foi
(RiCarvalho)
Em teus prantos – um adeus
que Deus sabe...
Nesses litros etílicos que consolam.
De amores que jazem partidos
e que choram - flores e espinhos...
duma solidão que renasce
e, sempre transborda
(se conformas)
Das musas que suspiram – por quem?
em ares de saudades...
- quiçá por mim!?!
(devaneios narcísicos de um louco)
Afogando em lágrimas que se despedem
De mim e de ti, e alguns outros...
E, em relembranças de amigos - me vou indo!
Etéreo...
Fogo.
Em teus prantos – um adeus
que Deus sabe...
Nesses litros etílicos que consolam.
De amores que jazem partidos
e que choram - flores e espinhos...
duma solidão que renasce
e, sempre transborda
(se conformas)
Das musas que suspiram – por quem?
em ares de saudades...
- quiçá por mim!?!
(devaneios narcísicos de um louco)
Afogando em lágrimas que se despedem
De mim e de ti, e alguns outros...
E, em relembranças de amigos - me vou indo!
Etéreo...
Fogo.
Assinar:
Postagens (Atom)