(RiCarvalho)
Com o despertar das cortinas
Escolho as mascaras do dia-a-dia.
Já fui tantos, sou ninguém.
Um tanto assim, um pouco assado.
Um homem bom – Ego:
Por solidariedade; pela sociedade.
Que aplaude o Bom – a fraude.
Sigo a corrente, procuro o fácil.
(assim: tão difícil...)
Sinto nada do que nada sinto – finjo.
São tantas vidas numa só.
Tantos mortos - que finjo dó.
Cenas e cenas me vêm a mente
Já não sei mais, quais que mentem
Amo a todas desta novela
(mas finjo o gozo – que goza nelas)
E choro tanto pelas mazelas...
com lágrimas secas de cinema.
Por tanto, aguardo
o adormecer das cortinas.
Junto ao fim sagrado, de minh’agonia.
...
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