(RiCarvalho)
Mal acresce, mal trabalha.
Como burocrata se atrapalha
Vive em beco - isolado.
Em sociedade - desprezado.
Sem valor ao capital.
Mas lhe digo, meus amigos
lava a alma deste mundo,
que vive às pragas e imundo;
pois dentre o caos ele recicla:
cotidiano e melancolia,
em palavras e poesias:
- desesperanças serão banidas;
- desigualdades: historinhas;
- violência em fantasia;
- desamor em poesia.
Sei que é pouco, e mal lhe basta
dirás: "apenas palavrinhas".
O mundo é duro a quem trabalha,
sol e lua, noite e dia.
Mas o leia e não esqueça.
Nas palavras tem firmeza.
olhe o mundo por outros olhos,
veja nele: mais belezas.
Que o outrora 'poetinha',
ocioso e sem valia.
Com sua escrita e melodias,
terão valor em suas vidas.
(Como operário de magias).
...
E eu digo, e ainda caio...
"Se você por acaso cair, não culpe a pedra ou o degrau. Culpe sua visão e atitude falha diante das lombadas no caminho...."RiCarvalho
Páginas
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
Caminho da solidão
(RiCarvalho)
Caminhando só,
caminho torto,
sem rumo nem beira
na beira do abismo
me torno maligno,
inoculo no mundo,
tal qual um vírus,
danoso, multiplicaDor.
Solidão...
sentimento impuro
errante sem ente,
ente sem ser querido,
querendo querer.
doce companhia,
por um amor...
perdido na via.
....
Estática de sentimentos.
(Ricarvalho)
Sentimentos artificiais
TV, monitores
processaDores pinGentes...
Uma cena teatral vista em tela plana,
sem nenhum chupisco, chuvisco ou coisa assim,
sarau de leitura, cultura binária...
códigos como sempre,
desde a infância:
Pep ippeppepe eu pão pipo,
Em língua do P aparente.
Ensaiando um algoritmo rimado,
faço um número binário,
com zeros e uns imaginários...
comunidades digitalizadoras de gente
fóruns, chats, delete...
sentimentos e estática,
sem graça.
...
Caminhando só,
caminho torto,
sem rumo nem beira
na beira do abismo
me torno maligno,
inoculo no mundo,
tal qual um vírus,
danoso, multiplicaDor.
Solidão...
sentimento impuro
errante sem ente,
ente sem ser querido,
querendo querer.
doce companhia,
por um amor...
perdido na via.
....
Estática de sentimentos.
(Ricarvalho)
Sentimentos artificiais
TV, monitores
processaDores pinGentes...
Uma cena teatral vista em tela plana,
sem nenhum chupisco, chuvisco ou coisa assim,
sarau de leitura, cultura binária...
códigos como sempre,
desde a infância:
Pep ippeppepe eu pão pipo,
Em língua do P aparente.
Ensaiando um algoritmo rimado,
faço um número binário,
com zeros e uns imaginários...
comunidades digitalizadoras de gente
fóruns, chats, delete...
sentimentos e estática,
sem graça.
...
Versada dor
(RiCarvalho)
Versada e conversada,
continua a minha dor...
Não é uma dor de ida,
é uma dor com volta.
Poderia ser sobre amor,
da falta ou excesso dele,
mas é uma dor sem nota.
Versada para entendê-la,
na intenção de curá-la,
freudianamente dizendo:
curá-la só entendendo-a.
mas de curá-la tenho um receio:
- É da dor que nasce a poesia!
E sem poesia se fica a vida,
assim sem sintonia,
parecendo um moribundo,
cotidiano sem rima.
...
Versada e conversada,
continua a minha dor...
Não é uma dor de ida,
é uma dor com volta.
Poderia ser sobre amor,
da falta ou excesso dele,
mas é uma dor sem nota.
Versada para entendê-la,
na intenção de curá-la,
freudianamente dizendo:
curá-la só entendendo-a.
mas de curá-la tenho um receio:
- É da dor que nasce a poesia!
E sem poesia se fica a vida,
assim sem sintonia,
parecendo um moribundo,
cotidiano sem rima.
...
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
E o Amor?
(RiCarvalho)
O amor é uma flor rara que precisa ser regada a cada encontro,
mas não devemos simplesmente molhá-las de lágrimas;
o amor deve ser regado com o brilho carinhoso de olhos amáveis
e o pranto sincero da felicidade em vê-lo florir (é emocionante).
A singeleza do amor ao florir pode rachar o mais pedregoso dos corações.
Então cuide do seu amor tal qual este murchar-se-ia com as amarguras do mundo,
Como se murcha uma flor sufocada pelas daninhas ervas.
Conserve-o livre, evite redomas de vidros...
É preciso ar para inspirar o coração e tempestades para fortalecer as raízes.
(As melhores coisas da vida estão livres)
Cative seu amor dia após dia,
Não arrisque perdê-lo pela idéia tresloucada de que: “ele sabe”.
Luta-se para consegui-lo, e não se deve parar de lutar nunca, para mantê-lo.
Amor melhor é aquele em que se ama quem te ama, mas o amar não nasce por exigências.
Amar é querer o melhor, fazer o melhor e, o melhor virá.
Arme-se com flores, que as guerras não mais amanhecerão.
O amor é uma flor rara que precisa ser regada a cada encontro,
mas não devemos simplesmente molhá-las de lágrimas;
o amor deve ser regado com o brilho carinhoso de olhos amáveis
e o pranto sincero da felicidade em vê-lo florir (é emocionante).
A singeleza do amor ao florir pode rachar o mais pedregoso dos corações.
Então cuide do seu amor tal qual este murchar-se-ia com as amarguras do mundo,
Como se murcha uma flor sufocada pelas daninhas ervas.
Conserve-o livre, evite redomas de vidros...
É preciso ar para inspirar o coração e tempestades para fortalecer as raízes.
(As melhores coisas da vida estão livres)
Cative seu amor dia após dia,
Não arrisque perdê-lo pela idéia tresloucada de que: “ele sabe”.
Luta-se para consegui-lo, e não se deve parar de lutar nunca, para mantê-lo.
Amor melhor é aquele em que se ama quem te ama, mas o amar não nasce por exigências.
Amar é querer o melhor, fazer o melhor e, o melhor virá.
Arme-se com flores, que as guerras não mais amanhecerão.
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
A Cigarra e a Formiga
é uma das fábulas atribuídas a Esopo e recontada por Jean de La Fontaine.
Tendo a cigarra cantado durante o verão,
Apavorou-se com o frio da próxima estação.
Sem mosca ou verme para se alimentar,
Com fome, foi ver a formiga, sua vizinha,
pedindo-lhe alguns grãos para agüentar
Até vir uma época mais quentinha!
- "Eu lhe pagarei", disse ela,
- "Antes do verão, palavra de animal,
Os juros e também o capital."
A formiga não gosta de emprestar,
É esse um de seus defeitos.
"O que você fazia no calor de outrora?"
Perguntou-lhe ela com certa esperteza.
- "Noite e dia, eu cantava no meu posto,
Sem querer dar-lhe desgosto."
- "Você cantava? Que beleza!
Pois, então, dance agora!"
Tendo a cigarra cantado durante o verão,
Apavorou-se com o frio da próxima estação.
Sem mosca ou verme para se alimentar,
Com fome, foi ver a formiga, sua vizinha,
pedindo-lhe alguns grãos para agüentar
Até vir uma época mais quentinha!
- "Eu lhe pagarei", disse ela,
- "Antes do verão, palavra de animal,
Os juros e também o capital."
A formiga não gosta de emprestar,
É esse um de seus defeitos.
"O que você fazia no calor de outrora?"
Perguntou-lhe ela com certa esperteza.
- "Noite e dia, eu cantava no meu posto,
Sem querer dar-lhe desgosto."
- "Você cantava? Que beleza!
Pois, então, dance agora!"
Solilóquio
(RiCarvalho)
O que fazei de grandioso, homem?
Tu que se sentas na frente de um PC; percebes que o mundo vai além do pensar?
Incauto em sua poltrona de mármore e sua imensa sabedoria cibernética,
enxerga as chagas que lhe consomem?
Enxerga as mazelas dos homens, ou as tuas próprias?
Oh, pensamentos vãos – deixa-me!
Tu que nada me acrescenta – abandona-me!
Olhando para essas teclas, esses dedos.
Falanges que se estalam, movimentando-se em agonia
Tentando seguir as mentiras dos pensamentos
- E descrevê-los.
Oh, tolo pensamento – passa!
Estes que me torturam – vão-se!
Devo algo a mim mesmo, ou a outro?
Devo satisfação ao mundo – devo?
Não quero mais sabê-lo... Não apenas sabê-lo.
Quero tatear-lhe com meus dedos. Mesmo em minha timidez virginal.
Tocar-lhe como se toca uma jovem de pele macia, quente; próxima ao êxtase do gozo.
Quero a poesia sentida, tátil, vívida; de uma vida feliz ou triste.
Lágrimas se fazem quando sentimos, e é preciso alguma coisa além da inércia.
É preciso amor e, dele, espero sentir mais que um assento sob meu traseiro cansado...
Oh, pensamento – tente!
Me leves ao toque de uma mulher ardente – e lá me deixas.
(Para sempre)
...
O que fazei de grandioso, homem?
Tu que se sentas na frente de um PC; percebes que o mundo vai além do pensar?
Incauto em sua poltrona de mármore e sua imensa sabedoria cibernética,
enxerga as chagas que lhe consomem?
Enxerga as mazelas dos homens, ou as tuas próprias?
Oh, pensamentos vãos – deixa-me!
Tu que nada me acrescenta – abandona-me!
Olhando para essas teclas, esses dedos.
Falanges que se estalam, movimentando-se em agonia
Tentando seguir as mentiras dos pensamentos
- E descrevê-los.
Oh, tolo pensamento – passa!
Estes que me torturam – vão-se!
Devo algo a mim mesmo, ou a outro?
Devo satisfação ao mundo – devo?
Não quero mais sabê-lo... Não apenas sabê-lo.
Quero tatear-lhe com meus dedos. Mesmo em minha timidez virginal.
Tocar-lhe como se toca uma jovem de pele macia, quente; próxima ao êxtase do gozo.
Quero a poesia sentida, tátil, vívida; de uma vida feliz ou triste.
Lágrimas se fazem quando sentimos, e é preciso alguma coisa além da inércia.
É preciso amor e, dele, espero sentir mais que um assento sob meu traseiro cansado...
Oh, pensamento – tente!
Me leves ao toque de uma mulher ardente – e lá me deixas.
(Para sempre)
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terça-feira, 8 de dezembro de 2009
Um Eu Filo-só-ficando
(RiCarvalho)
Disso tudo; mudo o mundo mudo (dedos me bastam):
Em
Existencialismo, maniqueísmo, panteísmo, eufemismo e manéismo...
Será que realmente vivemos aqui? Sentados em frente ao PC; no trabalho ou em casa; na vida ou na história – quiçá na história?
(E se cá estamos, fazemos algum sentido em nossa existência?)
Exponencialmente, somos átomos para o universo, micro-vida; descartável individualmente. Quiçá de alguma valia em conjunto (Unidos)...
Vejo-me como uma esponja; uma pequena massa de barro, atrás de mais terra e água - um pouco de cada por vez. Tentando encontrar a medida exata para não endurecer antes de alcançar o tamanho almejado e, também, não ficar mole demais e virar lama. A escultura que pretendo fazer será grandiosa. Se conseguir, manter-se-hei a homogeneidade de minha massa, e ascenderei ao fogo de minha existência. Sob os olhos de um mundo cada vez mais conectado; de informação fluida; conhecimento livre! Sinto-me, mais que ontem, barro a espera de um molde novo. Existindo sob habilidosas mãos Divinas.
Remodelando sempre...
...
Disso tudo; mudo o mundo mudo (dedos me bastam):
Em
Existencialismo, maniqueísmo, panteísmo, eufemismo e manéismo...
Será que realmente vivemos aqui? Sentados em frente ao PC; no trabalho ou em casa; na vida ou na história – quiçá na história?
(E se cá estamos, fazemos algum sentido em nossa existência?)
Exponencialmente, somos átomos para o universo, micro-vida; descartável individualmente. Quiçá de alguma valia em conjunto (Unidos)...
Vejo-me como uma esponja; uma pequena massa de barro, atrás de mais terra e água - um pouco de cada por vez. Tentando encontrar a medida exata para não endurecer antes de alcançar o tamanho almejado e, também, não ficar mole demais e virar lama. A escultura que pretendo fazer será grandiosa. Se conseguir, manter-se-hei a homogeneidade de minha massa, e ascenderei ao fogo de minha existência. Sob os olhos de um mundo cada vez mais conectado; de informação fluida; conhecimento livre! Sinto-me, mais que ontem, barro a espera de um molde novo. Existindo sob habilidosas mãos Divinas.
Remodelando sempre...
...
Um Ator da Vida
(RiCarvalho)
Com o despertar das cortinas
Escolho as mascaras do dia-a-dia.
Já fui tantos, sou ninguém.
Um tanto assim, um pouco assado.
Um homem bom – Ego:
Por solidariedade; pela sociedade.
Que aplaude o Bom – a fraude.
Sigo a corrente, procuro o fácil.
(assim: tão difícil...)
Sinto nada do que nada sinto – finjo.
São tantas vidas numa só.
Tantos mortos - que finjo dó.
Cenas e cenas me vêm a mente
Já não sei mais, quais que mentem
Amo a todas desta novela
(mas finjo o gozo – que goza nelas)
E choro tanto pelas mazelas...
com lágrimas secas de cinema.
Por tanto, aguardo
o adormecer das cortinas.
Junto ao fim sagrado, de minh’agonia.
...
Com o despertar das cortinas
Escolho as mascaras do dia-a-dia.
Já fui tantos, sou ninguém.
Um tanto assim, um pouco assado.
Um homem bom – Ego:
Por solidariedade; pela sociedade.
Que aplaude o Bom – a fraude.
Sigo a corrente, procuro o fácil.
(assim: tão difícil...)
Sinto nada do que nada sinto – finjo.
São tantas vidas numa só.
Tantos mortos - que finjo dó.
Cenas e cenas me vêm a mente
Já não sei mais, quais que mentem
Amo a todas desta novela
(mas finjo o gozo – que goza nelas)
E choro tanto pelas mazelas...
com lágrimas secas de cinema.
Por tanto, aguardo
o adormecer das cortinas.
Junto ao fim sagrado, de minh’agonia.
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